Os carnívoros de plantão veneram um bife saboroso, e o ponto é a gosto do freguês. Mas o que esses apreciadores desconhecem é que os modos ancestrais de consumir o bife não eram assim tão espetaculares como os da atualidade.

Você sabia, por exemplo, que, na Idade Média, era comum preparar e comer a carne com o mesmo punhal utilizado nas caçadas e batalhas?

Aversões à parte, esse comportamento rude só começou a ser alterado graças aos monges medievais, que incentivaram a padronização e a higienização no preparo do bife, bem como a instauração das boas maneiras à mesa.

Se você quer desvendar mais curiosidades sobre um dos pratos mais conhecidos do mundo, este artigo está recheado de informações para você ampliar o seu conhecimento acerca do extraordinário bife. Confira!

1. Origens do consumo de bife

As pinturas rupestres ilustram a prática milenar: caçar o animal garantia a sobrevivência e, de quebra, funcionava como uma estratégia de defesa para o caçador não ser devorado pelo bicho.

Depois, com a invenção do fogo, os homens das cavernas começaram a desvendar as vantagens daquilo que, milênios depois, se transformaria num bom churrasco.

Profissão imprescindível

Avançando um pouco para a Antiguidade Romana, a sabedoria de cortar bem o bife possibilitou um melhor aproveitamento das partes do animal, o que, consequentemente, aprimorou o consumo. Esse talento passou a ser aclamado, e, assim, a profissão do açougueiro começou a ser instaurada.

Mas os açougues só foram, de fato, autorizados a cortar e comercializar a caça após a derrubada do Império Romano pelos reis da Idade Média. As balanças, por sua vez, só passaram a ser obrigatórias centenas de anos depois, no século 16.

Bife sangrento

Durante a Idade Média, a habilidade de manejar a espada com maestria era requisito para ser tonar um cavaleiro nobre e bem-sucedido, tanto para sacrificar e esquartejar o animal quanto para eliminar os adversários em combate.

2. O nascimento das churrascarias

Grelhar a carne diretamente no fogo trouxe uma experiência rica de sabores, aliando a defumação à gordura e aos sucos do bife e também às especiarias adicionadas no prato.

Sabe-se que, por volta do século 19, essa técnica culinária foi estabelecida na América do Sul, relacionada aos porcos, animais predominantes na região, estabelecendo-se assim a carne suína como a pioneira do preparo em grelha.

Barbecue

Apesar das origens suínas da carne grelhada, muito se fala acerca do berço do verdadeiro churrasco de gado. A palavra bife, por exemplo, é uma variação da palavra inglesa “beef”, que significa carne. A expressão “barbecue”, por sua vez, é uma tradução da palavra churrasco.

Devido a essas influências, o clássico bife grelhado de carne bovina, provavelmente, deriva dos norte-americanos, cujo orgulho os coloca no topo do mercado alimentício com uma série de churrascarias, hamburguerias e steakhouses popularizadas ao redor do mundo.

Fartura

Independentemente das inúmeras formas de preparo, cada qual em sua região de origem, o fato é que a carne é sempre sinônimo de fartura e abundância e jamais é associada à miséria.

Por isso, hoje, os degustadores se reúnem diante da churrasqueira para apreciar a carne da maneira mais pedida, que cozinha rapidamente, tornando o bife o menu principal de encontros informais, festas e comemorações.

3. O incrível bife de chorizo

Você já conhece os bifes acebolado, a cavalo, rolê e empanado. Mas, talvez, ainda não tenha experimentado um sabor tão espetacular quanto o do bife de chorizo, que nada tem a ver com o chouriço.

Feito a partir de um corte argentino diferenciado, esse bife suculento é obtido do miolo do contrafilé. Na hora do preparo, é bom evitar que ele passe muito do ponto a fim de preservar a sua textura.

Por fim, falando em ponto, você sabe diferenciar as etapas de cozimento da carne? Confira as dicas básicas:

  • A carne é servida mal passada quando está vermelha por dentro e macia;
  • É servida ao ponto quando está rosada por dentro e ainda macia;
  • É servida bem passada quanto está marrom por dentro e mais rígida.

E você, qual tipo de bife prefere? Deixe a sua opinião nos comentários!

Depois de conhecer a história do bife, você deve estar com água na boca, né? Então, surpreenda-se ainda mais!